sábado, 18 de dezembro de 2010

USURPADORES


“O Senado aprovou nesta quarta-feira (15.12.2010) a equiparação salarial para parlamentares, ministros de Estado e para o presidente e o vice-presidente da República. Todos passarão a ganhar R$ 26,7 mil a partir de fevereiro do ano que vem.”
A maracutaia, ou melhor, o golpe dos congressistas, debochando de nós, povão, eleitores desses inconseqüentes, insensíveis, despudorados, a quem acrescento usurpadores dos cofres da União, funcionou outra vez. Eles, agora, vão rechear os seus bolsos com o “mísero” salário da quantia acima: R$26.700,00 (vinte e seis mil e setecentos reais). Uma “ninharia” para quem se “esforça tanto” pelas soluções dos problemas da Saúde, da Educação, da Segurança. E da malversação da coisa pública. Eles “merecem” porque “trabalham” demais; suam a camisa como um trabalhador braçal. Que pena tenho deles...! Atente-se que, em cima dos seus “parcos” vencimentos, ainda abocanharão verbas de gabinete para seus assessores (geralmente é adotado o nepotismo), passagens de avião e, até, postagens gratuitas para as suas correspondências oficiais e particulares, claro. Existe até, pasmem, uma cota para uso de combustível (gasolina ou álcool) para rodarem nos carrões, que servem também para conduzir as suas madames às compras e filhos aos colégios. São uns verdadeiros nababos sustentados pelos impostos que o Governo arranca de nós, eleitores idiotas que enfrentamos filas para depositar nas urnas os nomes desses “piratas” de colarinho branco. É uma vergonha, enquanto outras classes, por exemplo, dos professores, dos policiais, dos médicos e enfermeiros de hospitais, dos bancários e outros, vivem de ninharias, endividados, muitos, pelos juros de cheques especiais, para grandeza dos banqueiros.
Esses privilegiados, principalmente os senhores congressistas, pelo menos, deveriam ter vergonha na cara e cumprir integralmente o tempo de trabalho que lhes compete na Câmara e no Senado Federal. A maioria chega a Brasília, vindo das suas bases políticas, nos seus Estados, às terças-feiras e debandam nas quintas-feiras, exaustos, coitadinhos, de tanto “batalharem” no plenário do Congresso, pelo bem do povo e felicidade geral da Nação, entre bate-papos e pausas para cafezinhos. Ali, não está lhes interessando o modus vivendi do trabalhador brasileiro que acorda de madrugada para, com um simples café-da-manhã, pegar um ônibus ou metrô lotados para chegar ao serviço. E, muitas vezes, sem deixar em casa um centavo sequer para a alimentação da família. O salário-mínimo de R$510,00, eles, deputados e senadores, devem achar que supre muito bem, perfeitamente as necessidades desses assalariados, enquadrados na classe “c”. A classe média, por sua vez, é a que mais sofre face aos juros escorchantes ditados pelo Banco Central (os mais altos do mundo), favorecendo os ilustres senhores banqueiros. Estamos, assim também, alheios à sensibilidade dos nossos “ilustres” parlamentares, que não estão nem aí pelo sacrifício por que passam o funcionário público, o bancário e o comerciário para se manterem num digno padrão de vida.
To be, or not to be, that is the question, disse Shakespeare. E eu digo também: votar, ou não votar, esta é a questão. Então, melhor seria mesmo não eleger mais esses usurpadores do Tesouro Nacional.
(Paulo de Góes Andrade)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fim da "Guerra"

O FINAL DA “GUERRA”

No próximo 31 de outubro, a inescrupulosa “guerra” pelo poder chega ao fim. Há segundo turno em alguns Estados e, principalmente, esse para a Presidência da República, em que a Cadeira do Palácio do Planalto aguça, nesse final, o faro dos dois candidatos (Serra e Dilma) como das hienas famintas das savanas africanas, não querendo, nem um, nem outro, na competição, permitir que o adversário seja o dono da “vítima”, que é a nossa Pátria amada Brasil, mas desejando, sim, ela ou ele, banquetear-se, não da carne podre das presas das savanas da África, mas desse “bolo” gostoso, recheado de riquezas que é o nosso Brasil.
Prometem, com os seus sonhos mirabolantes, irrealizáveis, ou com as suas “mágicas” fantásticas, fazer, depois da posse em janeiro de 2011, um Brasil de “primeiro” mundo, o que Lula, quando candidato, também prometia (26 milhões de empregos etc); como Fernando Henrique também prometeu naquele seu slogan, mostrando os cinco dedos da mão direita, que representavam: saúde, educação, segurança e não sei mais o quê. E nada ou pouca coisa foi realizada. Lula ainda teve o desplante de afirmar alto e bom som que em 4 (quatro) anos não seria possível concluir as “metas” do seu governo. Nos conchavos políticos, já estabelecidos no período FHC, ficou por mais uma etapa. O “engolimos” por 8 (oito) anos. E quem lucrou com isso? Acho que basta dizer que foi ele e toda a camarilha do Partido dos “Trabalhadores”. Turismo ele soube fazer. É um campeão. Os banqueiros, por seu turno, deitaram e rolaram no governo petista com os juros escorchantes em cima, principalmente, da classe média, sem que o “cara” desse o menor pitaco no Banco Central, porque a campanha do fundador do PT foi, nas duas legislaturas (primeira e segunda eleição do Lula), em boa parte, financiada pelos bancos privados. Dizem os entendidos que os nossos juros não medem comparação com outros países. São os maiores do mundo financeiro.
O que esperar de Dilma ou Serra? A “ditadura” petista é bem possível que prossiga, conforme as pesquisas Ibope, Datafolha e outras. Aí, é quase certa a “socialização vermelha” com exemplos que vêm da Venezuela e, quem sabe, de Cuba. A candidata deve guardar muitas “mágoas” do seu tempo em que esteve na clandestinidade, prisioneira que foi em quartéis em São Paulo, lutando por um ideal que fracassou até na antiga União Soviética, que é o comunismo. Esse totalitarismo, que um dia desaparecerá da face da terra, ainda perdura na miséria do povo cubano, na Coréia do Norte e na China Continental, de um comunismo com falsetas capitalistas, por isso o seu progresso.
E, agora, no final da corrida à Presidência da República, estamos engolindo, nos comícios e nos horários políticos das rádios e das Tvs, as promessas mentirosas, tanto desse ou daquele candidato, mentiras essas que não “descem redondas”. E o povão, despolitizado, ainda se digladia nas ruas trocando impropérios, jogando pedra e bolinha de papel, na esperança que – agora – o Brasil vai ser outro, sem corrupção, sem conchavos, sem apadrinhamentos, sem nepotismo; um Brasil em que a ética prevalecerá em todos os sentidos. E como estou descrente de tudo, eu digo como o poeta Manoel Bandeira: Vou-me embora pra Passárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Passárgada... Paulo Góes

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Adultério e Fidelidade

ADULTÉRIO E FIDELIDADE

“Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração.” (Mt 5.28)

O homem tornou-se impuro desde o dia em que foi expulso do Paraíso, embora tenha sido feito à imagem, à semelhança de Deus. Antes, porém, tudo o havia transformado na condição humana de ser perfeito, quase angelical, como queria o Criador. Mas, tudo estava escrito, tudo já estava determinado pelas leis divinas. Deus criou o homem, deu-lhe uma mulher, uma companheira, para não está ali solitário, ensimesmado, sem ninguém para trocar idéias. Contudo, a vida a dois se tornou muito insossa, sem graça nenhuma para um casal – perfeito fisicamente, como bem deviam mostrar os seus corpos despidos, convivendo nas paisagens cinematográficas do Éden, entre plantas de fruteiras e flores exuberantes, sem os prazeres que os seus corpos tocados reciprocamente poderiam oferecer.
Daí, então, prevaleceu a Suprema sabedoria, ditada dos Céus, determinando o chamado “pecado-original”. Adão, o nome que achou-se melhor para batizar o primeiro homem, cumpriu à risca o que lhe foi imposto: fez da virgem-companheira – mulher, aquela batizada, também, de Eva pelos princípios fundamentais da Bíblia e do Alcorão, que afirmam, pois, que Adão e Eva foram o primeiro homem e mulher criados por Deus.
Não se sabe, no entanto, é se o primeiro casal de humanos nunca se modificou moralmente, permanecendo íntegro em seus impulsos sexuais no dia-a-dia de convivência; se não (ele ou ela) olhou para outra ou para outro, com segundas intenções, mexendo com a sua libido, praticando, assim, o tão condenável adultério. Dizem as leis religiosas que basta olhar, e isso já significa pecado (Mateus: 5:28). Se eles (Adão e Eva) foram, na realidade, um exemplo de união para outros casais que lhes sucederam, paira no ar alguma dúvida, a meu ver, porque a imperfeição humana nasceu no erro cometido pelos primeiros viventes da terra, naquele momento da sua expulsão do Paraíso. O instinto sexual aguçou-se (por determinação de Deus, deve ter sido... E não de Satanás), principalmente no homem, naquele momento, tornando-o de natureza ativa em suas atitudes pecaminosas, persistentes na conquista e na posse da fêmea, que, se não correspondido pela sua legítima parceira, dá motivo suficiente para o macho extravasar o seu apetite sexual, imbuindo-se na prevaricação, o que, até hoje, não foi entendido pelas mulheres, de uma maneira geral.
Todos os homens são iguais; não valem nada! Não tem um que preste! São uns cretinos... e tantos e tantos impropérios (merecidos? Ou não?) vomitam as mulheres sobre os homens, sem se aperceberem, no entanto, que contribuem, geralmente, para esse estado de aborrecimentos que redundam, além de desacatos, em separações muitas vezes, sem se conscientizarem que elas, na grande totalidade, são as incentivadoras desses “erros” ou, quem sabe, “acertos” dos homens, deixando-os, na intimidade dos seus relacionamentos, a ver navios, com a velha e tão já batida história da já famosa dor-de-cabeça, ou do indigesto refrão hoje estou morta de cansada, os conhecidos e batidos pretextos para evitar o contato físico do companheiro na cama.
Se sexo é pecado, que culpa tem o homem se essa necessidade fisiológica, se essa função prazerosa foi arquitetada por Deus para unir, fisicamente, homem e mulher para a perpetuação da espécie humana? Ademais, trata-se – o sexo – de uma exigência orgânica, repito, como outras inerentes aos seres vivos (racionais e irracionais). E assim, o homem, por sua vez, bem como a mulher, ambos, pois, têm que proporcionar - um ao outro - momentos mágicos, tirando daquele instante em que se tocam intimamente a prova insofismável do amor que os fez marido e mulher. Deve haver, nesses minutos de colóquio amoroso, a entrega total e irrestrita de ambos. A vergonha, o escrúpulo, a timidez, tudo isso deve ficar do lado de fora do aposento do casal. Lá dentro tudo é sagrado. Ali é o santuário do amor que os uniu, onde tudo que se pratique, mesmo temperado de erotismo, não representa nada de pecaminoso, porque a sexualidade não foi uma invenção do homem, mas imposta pelas leis sagradas a todos os seres vivos da terra, e principalmente ao homem, porque esse pensa, raciocina, sabe o que é que está praticando, sabe o que deve fazer para alcançar o clímax daquele momento, que um bem enorme faz para a estabilidade matrimonial, para o bem-estar do casal.
Não obstante, a mulher, na sua maioria, mesmo neste estágio da vida, já em pleno decorrer do século XXI, em que as evoluções sociais já lhe permitem agir com liberdade em todos os sentidos, o que não era possível há algumas décadas atrás, ainda não entendeu que o homem é ativo sexualmente por natureza. Ela, a mulher, lamentavelmente, ainda não se deu conta que as desavenças entre os casais se baseiam nela mesma, porque não procura compreender as diferenças femininas das masculinas. Não avalia o sexo com seu marido como uma questão primordial para o cumprimento das promessas emitidas, quando do dia tão esperado, quando se uniu, pelo matrimônio, àquele em quem confiaria até que a morte os separasse; não raciocina que o sexo é um jogo, cujas cartas embaralhadas, de início, não vão ensejar a derrota de um dos parceiros, mas sim vitória, para sempre, para ambas as partes. Essa “competição” deve ser divertida, deixando a imaginação solta, com maneiras de toques excitantes; e sempre mudando, seria recomendável, a rotina, fazendo do sexo uma deliciosa manifestação de amor, um instante sublime, evitando - com sabedoria (se houvesse) - que o homem buscasse os prazeres da carne em aventuras (ou desventuras) extraconjugais.
Sem a Internet, tempos atrás, muitos homens, a não ser aqueles, que são poucos, aprisionados pelos dogmas das religiões, contidos em seus anseios sexuais por aquelas que as leis civis proclamaram e os uniram como marido e mulher, arriscavam dar vazão aos anseios da carne na vileza dos prostíbulos, ou com as damas-da-noite, essas vendedoras de sexo das esquinas sombrias das noites das cidades.
E, com o advento, nesses poucos tempos, da Internet, em 1995 dava os primeiros passos no Brasil, o computador tornou-se um aliado fiel do homem, principalmente. A mulher, casada, em número menor ao do homem, utiliza desse recurso para aliviar as suas carências amorosas porque se considera dona, melhor, proprietária do marido, a quem pode se dispor quando lhe der na veneta, se para o sexo estiver disposta. É aí, então, que o amigo computador vem em socorro do esposo necessitado; é o salvador-da-pátria nessa guerra em que o primeiro tiro sempre foi disparado pela mulher. E o homem, que não quer briga, quer amor, se protege na trincheira da infidelidade, buscando a paz, que não achou em casa, nos meandros da Internet, que oferece um campo atraente e vasto para as aventuras fora do casamento, tornando-se – esse magnífico meio de comunicação – o desprezível vilão, afirmam as mulheres, dos desenlaces matrimoniais por aí afora, mas sem levarem em consideração a sua indiferença na intimidade de quatro paredes.
80% das mulheres ainda não raciocinaram que o sexo é o elo inquebrantável entre o homem e a mulher. Não foi inventado à toa pela Natureza, ou por Deus, se é dito nas Escrituras que Ele criou o primeiro ser vivente na terra. As delícias sexuais teriam que prevalecer, pois, do contrário, não haveria qualquer interesse do macho em se unir fisicamente à fêmea para que, daí, viesse a procriação, o recomendado “crescei e multiplicai”. A mulher não deveria ser uma máquina, um robô, em que ali se despejasse a “semente da vida”, e pronto. Não. Não foi assim que desejou Deus. É incontestável que teria que haver - na união dos corpos - algo sublime, esplendoroso que levasse o casal ao clímax daquele instante, ao gozo, enfim, ao orgasmo.
E o amor, nessas circunstâncias, sem as preliminares do ato sexual, vai-se esvaziando pouco a pouco, como água límpida, cristalina, que, se pudesse botar num vaso lindo, detalhado no mais puro cristal, mas que o tempo fez-lhe minúsculas, quase invisíveis fendas, por onde esse líquido do amor, que nutre os anos de vida a dois, vai escapando imperceptivelmente, deixando o resíduo, as impurezas do adultério, da infidelidade, principalmente do homem, do macho, que não encontrou na sua mulher, na sua parceira, na sua amante, na sua fêmea, a compreensão que o sexo é a base, o esteio de sustentação que faz do homem e da mulher aquilo que ficou determinado por Deus: Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne”. (Gênesis 2:24).
Paulo de Góes Andrade

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Meu aniversário

Festejando o meu aniversário (15 de agosto de 2010) no Beer House, ouvindo o "parabéns pra você"
catado pelas filhas Márcia e Kátia. E pelos netos Amanda, Paulo Guilherme e Marcel.
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Horário Político - Um Sapo Para se Engolir


                                       HORÁRIO POLÍTICO - UM SAPO PARA SE ENGOLIR

Não sei se alguém, de sã consciência, continua ligado ao seu aparelho de TV, quando por determinação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), se inicia o famigerado "horário político eleitoral". Acho que se trata de uma imposição descabida, afrontosa, desrespeitosa a todos nós - cidadãos brasileiros, já ressabiados, escorraçados pelos desmandos dos eleitos, em outras legislaturas, que nada fizeram de aceitável, pelo menos, pelo "zé povão", em que me incluo. As promessas mentirosas são as mesmas. E quem as escuta entra também nesse picadeiro de palhaçadas, de piadas, que, pelo cinismo dos seus apregoadores, dão até para a gente rir.

As promessas idiotas, enganadoras continuam "martelando" na cabeça dos incautos, despolitizados (muitos) eleitores, obrigados a entrar em filas intermináveis, no dia das eleições, para digitar nas maquininhas (aplausos para essa invenção brasileira) o número do candidato escolhido, seja para esse ou aquele cargo, como para presidente da República, para o Congresso Nacional ou para as câmaras estaduais, municipais e distrital (como é no Distrito Federal). E assim irão eles, se eleitos, "mamar nas tetas" dos impostos que pagamos, usufruindo das mordomias a que têm direito, por Lei, diga-se de passagem. E o resultado desse "jogo sujo" já é um filme que já vimos; já tem acontecido por vezes incontáveis no tabuleiro de xadrez da vida política, que traduzo por falcatruas, trocas de favores, empregos (sem concurso) de parentes, amigos etc. E o que prometera, antes tão anunciado na telinha da minha e da sua TV, nos comícios foi "pro brejo".

Por que não usarmos a nossa "arma", que é o voto, e disparamos um "tiro" certeiro na maquininha de fazer voto, dizendo "não" com o voto nulo, ou votando, se assim desejar, naqueles (raros) que ainda não tiveram qualquer experiência na arte de nos ludibriar politicamente?

O Brasil, copiador de certas experiências americanas, bem que podia adotar o sistema do voto não obrigatório. Nos Estados Unidos vota quem quer, como sabemos. E esse critério deve ser comum nos países de primeiro mundo. Infelizmente ainda engatinhamos nas passadas lendas daqueles "em desenvolvimento", para não dizer de "terceiro mundo".

Paulo de Góes Andrade



sábado, 28 de agosto de 2010

O TEMPO




O TEMPO

O tempo urge
E a gente não se dá conta
Que tudo caminha para a incerteza
Dos dias restantes da vida agonizante...

O trem se aproxima da última estação,
Enquanto a paisagem já não é a mesma,
Porque os campos já não são floridos
E os abutres sobrevoam o amanhã moribundo.

Os homens se desconhecem,
Banindo o amor para semear o ódio
Que explode como vulcões
Cujas lavas de sangue se derramam
Pelo mundo devastado pelo egoísmo.
O amanhecer, que devia encher a terra
De sorrisos, é um imenso vale de lágrimas.
O tempo urge implacavelmente!

sábado, 24 de julho de 2010


O PRIMEIRO BEIJO

 
O beijo que eu te dei naquele dia
Que nós nos vimos pela vez primeira,
Bem notaste que era verdadeira
A paixão que por ti eu já sentia.

E ainda hoje, nem de brincadeira,
Tu podes duvidar desta alegria
Que me invade todinho de euforia,
Quando te beijo toda, por inteira!

Nosso beijo primeiro foi divino,
Pois me inspirou para compor um hino
De notas musicais com muito ardor,

Que te dedico para toda a vida,
Acredite, por Deus, minha querida,
Nestes meus versos só feitos de amor!



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Eu e Você

Meu coração. não sei por quê, bate feliz quando te vê. E os meus olhos ficam sorrindo e pelas ruas vão te seguindo
...
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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Em Buenos Aires - Março/2009

Passos de tango com dançarina (argentina) - Noite de despedida (com jantar) no Hotel em que o grupo da 3ª Idade estava hospedado pela Bancorbrás - Março de 2009.
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ENTARDECER NA PAJUÇARA


ENTARDECER NA PAJUÇARA

O entardecer na Pajuçara é lindo!
Quando o sol, com saudade,vai embora,
Deixando a praia que o astro-rei adora,
Cumprindo a missão que Deus lhe deu.
A missão de dourar, todas as tardes,
O mais maravilhoso sol-poente,
Que a nossa muito amiga e boa gente
Nunca se cansa de admirá-lo!

O por-do-sol dali no Alagoinha,
Onde viveu o “gogó-da-ema”,
Que pros poetas já serviu de tema
Para lembrá-lo em canções ou versos,
Faz no horizonte um cenário belo,
Que se reveste de um vermelho-ouro,
Que infelizmente não é duradouro
Porque a noite - invejosa - se aproxima.

E lá se vai o sol se despedindo,
Morrendo lá pras bandas do Oriente.
Mas parecendo prometer à gente
Que – amanhã - ele estará de volta,
Noutra tarde de luzes inda mais vivas,
Mesclando de vermelho o horizonte,
E se espelhando n´ água, aqui defronte,
Do mar da Pajuçara - manso e belo!

(Paulo de Góes)

Eze e eu

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terça-feira, 4 de maio de 2010


TANTAS MÃOS

Dez, cem, milhares...
Tantas mãos
Enchendo as ruas tão cheias
De mãos que vão, que vêm,
Em busca de mãos
Que socorrem,
Que afagam.
Mãos que vão, que vêm,
Que fogem de mãos
Que roubam, que ferem, que matam.
- Aquece as minhas mãos
De tantas mãos tão frias! (Paulo Góes)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

"Subida da Serra" - Óleo sobre tela, de minha autoria.
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quinta-feira, 15 de abril de 2010

"Volta do Mar" - Óleo sobre tela, que é outro trabalho meu (1996).
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terça-feira, 13 de abril de 2010

TRISTE REALIDADE



MENINO DE RUA
Arlene Miranda

No burburinho das ruas ele vivia,
Fazendo malabares nos sinais,
Manejando com graça e maestria
Uma vida de cores tão brutais.

Ser hesitante de uma vida incerta,
Na nostalgia de um entardecer,
Erguendo aos céus su'alma inquieta,
Na ânsia de mudar triste viver.

Roubaram-lhe a doce inocência,
Tiraram de seu eu a consciência,
E o maltrataram logo ao nascer...

Despiram-lhe o orgulho, o sonho, a graça,
Vestiram-lhe o manto da desgraça,
Na mágica tarefa de viver.




segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ponte do Pinhal

Óleo sobre tela. A este meu trabalho dei o título de Ponte do Pinhal (bosque de pinheiros).
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Litoral capixaba

Óleo sobre tela, em que retrato uma praia de Vitória (ES)
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domingo, 11 de abril de 2010

Rua de Tiradentes (MG)


"Uma rua de Tiradentes-MG" - Óleo sobre tela.  Um dos meus trabalhos, que deixo, como herança, para as filhas Márcia e Kátia. E para os netos Amanda, Paulo Guilherme e Marcel. Paulo
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Natureza Morta

Esta "natureza morta" é um dos meus trabalhos.
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terça-feira, 6 de abril de 2010

BODAS DE OURO


BODAS DE OURO

Este é o nosso caminho
Em que começamos a pisar, bem sabemos,
Em 10 de janeiro de 1959.
Ele tem a extensão de 50 anos.
Como o tempo passa e a gente nem percebe
E esquece os primeiro anos,
As passadas que demos naquele chão
Que era tão plano! Não havia essas curvas
Sinuosas, esses altos e baixos
Por que, muitas vezes, experimentamos
ao correr de alguns anos depois.
Não te lembras como tudo no começo
Era feito de muito afeição? Dávamos
As mãos e andávamos felizes da vida,
Dedicados um ao outro, mesmo que
Algumas pedrinhas encontrávamos
Pelos poucos anos então decorridos
Em nossas vidas, nessa estrada
Em que caminhamos até hoje,
Como Deus assim nos permitiu.
Pois é. Hoje, chegamos à marca desta
“quilometragem” destes 50 anos de convivência, deste tempo
Que muito nos ensinou. Mas, que algumas lições
Não levamos a sério. Fomos tomados,
Muitas vezes, de atitudes imprestáveis, doloridas,
Pisando em pedras uniformes, que,
Em alguns momentos, feriram as nossas almas,
Tocaram à nossa sensibilidade,
Trazendo-nos algumas lágrimas,
Que, quando não aparentes, corriam
Dentros de nós, não nos permitindo
Que as enxugassem tão logo, permanecendo
Por dias e dias mais dentro de nós,
Nessa jornada que nos trouxe até aqui.
Até hoje, neste 10 de Janeiro de 2009.
Contudo, bem sabemos, tivemos
Muitos “quilômetros” de inesquecíveis
Alegrias, de instantes de felicidades,
De gozos, de euforia, de compreensão,
De cumplicidade, enfim, de parceria,
Que bem podiam amenizar os tropeços
Que se nos depararem daqui, de hoje, até
O final deste nosso caminho.
Que Deus ilumine os nossos passos!
Dá-me outra vez as tuas mãos!
               (Eu – 10 de Janeiro de 2009)

domingo, 4 de abril de 2010

A RESSURREIÇÃO


A RESSURREIÇÃO

Conforme estava escrito, se cumpria
A vontade do Pai que assim conduz:
O corpo que era morto, então, vivia
Daquele que morreu por nós na Cruz.

Brilhou mais forte o sol naquele dia,
Que amanheceu, assim, cheio de luz,
De cânticos festivos, de alegria,
Enaltecendo o Deus que era Jesus.

O túmulo, que ali estava aberto,
Surpreendeu os que estavam perto,
Pois Ele, lá, não se encontrava mais.

E, ressurreto, esteve co´ o Seu povo,
A quem mostrou o Seu poder, de novo,
Subindo p´ra os Jardins Celestiais!  (Paulo Góes)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

ORAÇÃO




ORAÇÃO

- Senhor, que estás nos Céus, oh, Deus amado!
Em nome de Jesus, tem piedade,
Livrando-nos da "estranha" enfermidade,
Que tantas vidas já tem dizimado!

Não quero crer nessa infelicidade...!
Eu quero crer em Ti. E ajoelhado,
Eu te peço, meu Pai, desesperado,
Que o mal não nos atinja. Por bondade!

Oh, Deus, que o meu clamor não seja à toa.
Por Teu filho - Jesus - nos abençoa
E nos livra, Senhor, dessa doença!

- Meu Deus, que a Tua paz nos seja dada.
E a malignidade arrebatada
Por Teu poder. Reforça a nossa crença! (Paulo Góes)


















quarta-feira, 31 de março de 2010

NOSSA ESTRADA



NOSSA ESTRADA

Não há mais pressa, porque
Também não há mais forças
Nas passadas curtas, penosas
De anos quase não vividos.
A estrada recua a cada passo
No chão duro como de sertão
Que não suporta a aridez
Dos penúltimos momentos.
Não sei onde te encontrar
Quando a torrente partir
As algemas dos nossos braços
E a correnteza levar o meu
Corpo para o vazio do desfiladeiro.
Por certo estarás sob o compasso das horas
Quietas que não farão mais
o mesmo sol brilhar o teu sorriso primeiro.
Estarei, talvez, à espreita,
Mirando-te ao longe,
Sentindo que as lembranças
São meros sentimentos
Sem avaliação no meu eterno exílio,
Onde nem haja luz,
Para me lembrar de ti. (Paulo Góes)

segunda-feira, 22 de março de 2010

ALÉM DA VIDA



O quê virá depois que a luz se apaga
E desta vida nada mais se sente?
Será que o que restou da nossa mente
Viverá para sempre em outra plaga?



E nessa dimensão: impaciente,
Atormentada a consciência vaga,
Presa a uma força estranha que a esmaga
Contra ondas negras de infernal torrente?



Será que existe mesmo a paz sonhada,
Que o nosso ser, de imediato, invada,
Enchendo-nos, então, de amor eterno?



Ou será infindável noite horrenda,
Que não terá nem um farol que acenda
Para espantar as trevas desse Inferno? (Paulo Góes)






LEMBRANÇAS



LEMBRANÇAS

Hoje os pássaros me acordaram
Com uma alegria incomum.
O sol atravessou as frestas
Da minha janela
Ferindo os meus olhos de recordações.
Eu ouvi a tua voz ausente
Em cânticos de amor
Violando o vazio do meu quarto.
Tentei tomar-te pelas mãos
E caminhar pela relva
Molhada pelo orvalho
que não se aqueceu
Com a ternura dos meus gestos.
A manhã me trouxe a lembrança
Das tuas mãos me dizendo adeus,
Aquele adeus que se eternizou nos meus dias. (Paulo Góes)

sábado, 20 de março de 2010






TEUS SEIOS

Despe-os da transparência
Dessas vestes!
Nenhuma intenção
Há em mim de violá-los!
Quero apenas admirá-los
E... talvez beijá-los
Com a suavidade dos colibris
Em busca do néctar
Dos lírios dos campos.
E das flores
Que nos espreitam
Silenciosas e perfumadas.


Solta-os em minha mãos ansiosas
De criança travessa
Com o coração palpitante
De desejos proibidos!
Oh, minha amada, deixa-me sentir
A febre que emana do teu corpo
Como um musical divino
Que entorpece os deuses
Diante do corpo de Afrodite! (Paulo Góes)

quinta-feira, 18 de março de 2010







NOSSO AMOR

Já não existe mais o afeto antigo,
Tão puro e tão sincero de outros dias
Que já se foram, quando me dizias:
- P´ra sempre, creias, viverei contigo.

Momentos nossos só de alegrias,
Que ainda hoje os venero e os bendigo.
E tu dizes (talvez), o que eu não digo,
Que eles foram quimeras..., fantasias...,

Coisas banais..., tolices de momentos...!
Mas que marcaram nossos sentimentos
Tão diferentes do que, agora, são.

Tu pensas friamente, estou bem certo.
E eu tenho ainda aquele amor bem perto,
A pulsar forte no meu coração...! (Paulo Góes)





quarta-feira, 17 de março de 2010

O CIGARRO


O CIGARRO


- VOCÊ QUE ESTÁ TRAGANDO ESSA FUMAÇA,

ENCHENDO O SEU PULMÃO DE NICOTINA,

DIZ TER PENA DE MIM, DA MINHA SINA

E, POR URBANIDADE, AINDA ME ABRAÇA!


ABANDONE ESSE VÍCIO! SE PREVINA!

LARGUE O CIGARRO! EVITE ESSA DESGRAÇA!

OU SERÁ QUE DESEJA QUE ELE O FAÇA

UM SER IGUAL A MIM... (QUE SE ABOMINA)?


JÁ FUI ASSIM COMO VOCÊ, BEM FORTE,

DISPOSTO, SEM JAMAIS TEMER A MORTE,

QUE MUITO EM BREVE VEM ME LIQUIDAR.


E QUANDO EU ESTIVER NA SEPULTURA,

SAIBA VOCÊ QUE A MINHA DESVENTURA

DEVEU-SE A UM ENFISEMA PULMONAR!... (Paulo Góes)