quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ESTA ESCRITO

ESTÁ ESCRITO


“Quem matar a alguém, certamente será morto.” (Levítico 24:17)

Não é uma determinação dos tempos modernos a condenação à morte. Está escrito no Velho Testamento. O próprio Senhor ordenou a Moisés para orientar os filhos de Israel para que assim procedessem. Está escrito! “Os filhos de Israel fizeram como o Senhor ordenara a Moisés”. A PENA DE MORTE está explícita na Bíblia, portanto. Devia ser cumprida até os dias de hoje, como ainda acontece em alguns países. Os Estados Unidos, país do 1º Mundo, dão o exemplo. A ninguém foi outorgado o direito de tirar a vida do seu semelhante, tão estupidamente, como acontece, diariamente, nessa escalada desenfreada de homicídios em todo o território nacional. A criminalidade em nosso país chegou no seu ápice. A sociedade está exaurida, não suporta mais tanta barbaridade a que assiste todos os dias. Vive-se um clima de insegurança total, jamais experimentado em décadas passadas. E as nossas autoridades, impotentes, pouco podem fazer. Em nada adianta encher as ruas de policiais. A marginalidade é um poder paralelo às nossas instituições militar e civil, em qualquer Estado da Federação.
Contudo, se houvesse decisão política, ainda haveria tempo para refrear os crimes hediondos que varrem o país em todos os seus quadrantes, afirmo. Há meios de evitar essas lágrimas que correm dos olhos de tantas e tantas famílias enlutadas e injustiçadas pelas penas brandas que o nosso Código Penal aplica aos frios assassinos. A PENA DE MORTE seria, neste momento, o remédio indicado para estancar o sangue que mancha a vida da família brasileira. Mas somos um povo atrelado a preceitos religiosos, em que o catolicismo, o protestantismo e outros agregados ao Cristianismo, refreiam medidas drásticas às penas capitais aos crimes hediondos. Aceitamos, então, o “bom-viver” dos monstros, que matam, que estupram, “hospedados” em presídios, sustentados com os impostos que pagamos. E, muitos, beneficiados com indultos, não cumprindo integralmente a condenação que lhes é imposta. Não se pode permitir mais que as facções criminosas (PCC, Comando Vermelho e outros organizações selvagens) continuem ditando ordens (o celular é o veículo principal). Até mesmo de dentro das penitenciárias (de segurança máxima?). Tem que ser instituída, doa em quem doer; mesmo que vá de encontro a preceitos religiosos, pelo menos, a PRISÃO PERPÉTUA, castigando esses “vermes” com trabalhos forçados em dependências agrícolas estaduais ou municipais, por exemplo, O que não pode é a sociedade continuar atemorizada,refém, aviltada, desmoralizada - melhor qualificando.
Os presídios estão superlotados de condenados à pena máxima - 30 anos – o limite estipulado por esse Código Penal, que já passou por muitas tentativas de elaboração de um novo Código Penal. Já era necessário, porque o atual está caduco. O resultado dos inchaços dos presídios está aí, com as rebeliões constantes, sobrando para o Estado os prejuízos financeiros em somas inestimáveis.
Se houvesse vontade política, as nossas grandes cidades não conviveriam mais com esses presídios, que, a cada dia, tornam-se ameaças à tranqüilidade dos cidadãos-de-bem, porque essa história de presídios de segurança máxima é pura balela. As estratégias de fuga dos encarcerados nessas “fortalezas” já superaram cenas cinematográficas de Hollywood.
Então, por que não se alterar a nossa legislação penal (capenga), inserindo-se a prisão perpétua para os crimes hediondos, com trabalhos forçados em penitenciárias-agrícolas, repito, já que o sentimento de religiosidade do nosso povo não admite a pena de morte, como em tantos países civilizados do globo, de gente qualificada de primeiro mundo? Infelizmente, ainda estamos na terceira categoria, com pouca diferença de certos países por aí afora...
É mister que uma LEI se estabeleça logo, que nos assegure “o viver em paz”; que saiamos de casa para trabalhar, ou para o que for, certos de que regressaremos vivos para os nossos lares, e não para o mármore frio dos IMLs.
Lembrem-se, senhores legisladores: “Quem matar a alguém, certamente será morto.” (Levíticos 24:17).
Não podemos chegar a tanto. Não obstante, pensem, ilustres legisladores, numa lei mais rigorosa que defenda a família brasileira, os seus próprios entes queridos também, das barbaridades por que tem experimentado o nosso povo nas mãos de frios assassinos, castigados por essa pena máxima de 30 anos, nunca cumprida integralmente.

sábado, 3 de setembro de 2011

Niemeyer tem razão

NIEMEYER TEM RAZÃO

"PROJETAR BRASÍLIA PARA OS POLÍTICOS QUE VOCÊS COLOCARAM LÁ, FOI COMO CRIAR UM LINDO VASO DE FLORES PRÁ VOCÊS USAREM COMO PINICO. BRASÍLIA NUNCA DEVERIA TER SIDO PROJETADA EM FORMA DE AVIÃO E SIM DE CAMBURÃO." Ninguém melhor do que Oscar Niemeyer para se expressar sobre os políticos que, infelizmente, mandamos para o Congresso Nacional. E mais uma prova tivemos ontem – 31 de agosto de 2011 – da insensatez, da parceria indecente, inescrupulosa dos “ilustres” deputados, livrando a também “ilustre” Jacqueline Roriz da cassação do seu mandato, considerando-a injustiçada, com a alegação de que não cometeu nenhum ato espúrio, mesmo recebendo aquele dinheiro sujo de Durval Barbosa, juntamente com o marido, fato tão bem divulgado, mostrado, pelas TVs, vezes e mais vezes. Conforme o seu “douto” advogado, é a conclusão que se tira, ela fez parte da quadrilha, dos larápios do dinheiro público, antes do seu mandato de deputada federal. Ela sujou-se, melou-se de podridão antes de assumir sua cadeira na Câmara Federal. Ainda não era uma parlamentar. Mas, eleita, limpou-se por inteira dos excrementos daquele seu ato desonesto. Dali para frente, diplomada deputada federal então, ela “tornou-se” uma pessoa digna, isenta de qualquer pecado, limpa de corpo e alma, como ponderou (em termos jurídicos) o seu advogado, corroborado, para representar aqueles que lhe deram os votos para a sua eleição, pelos comparsas que a livraram, pelo voto secreto,
Onde estamos, gente brasileira!? Até quando vamos admitir tamanha degradação social, sustentando essa camarilha (com raras exceções) com o dinheiro dos nossos impostos, concedendo-lhes mordomia principesca, entre verbas extras (60 mil reais) para usarem e abusarem, afora o que recebem, mensalmente, em torno de R$16.700,00? E, ali, no bem-bom da vida parlamentar, está Jacqueline Roriz - livre, leve e solta, esnobando, com seu sorriso de menininha ingênua, a passividade do eleitor, a cara de idiotas, ou de palhaços, que somos nós – povo. Mereceu, assim, o voto dos seus pares, que a defenderam, para comer no mesmo cocho a ração podre dos conchavos, das maquinações insólitas, que rolam nas seções secretas do Congresso, quando, por exemplo, decidem aumentar os seus subsídios. Oscar Niemeyer tem razão. (Paulo Góes Andrade)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ADULTÉRIO E FIDELIDADE

ADULTÉRIO E FIDELIDADE


“Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração.” (Mt 5.28)

O homem tornou-se impuro desde o dia em que foi expulso do Paraíso, embora tenha sido feito à imagem, à semelhança de Deus. Antes, porém, tudo o havia transformado na condição humana de ser perfeito, quase angelical, como queria o Criador. Mas, assim estava escrito, tudo já estava determinado pelas leis divinas. Deus criou o homem, deu-lhe uma mulher, uma companheira, para não está ali solitário, ensimesmado, sem ninguém para trocar idéias. Contudo, a vida a dois se tornou muito insossa, sem graça nenhuma para um casal – perfeito fisicamente, como bem deviam mostrar os seus corpos despidos, convivendo nas paisagens cinematográficas do Éden, entre plantas de fruteiras e flores exuberantes, sem os prazeres que os seus corpos tocados reciprocamente poderiam oferecer.
Daí, então, prevaleceu a Suprema sabedoria, ditada dos Céus, determinando o chamado “pecado-original”. Adão, o nome que achou-se melhor para batizar o primeiro homem, cumpriu à risca o que lhe foi imposto: fez da virgem-companheira – mulher, aquela batizada, também, de Eva pelos princípios fundamentais da Bíblia e do Alcorão, que afirmam, pois, que Adão e Eva foram o primeiro homem e mulher criados por Deus.
Não se sabe, no entanto, é se o primeiro casal de humanos nunca se modificou moralmente, permanecendo íntegro em seus impulsos sexuais no dia-a-dia de convivência; se não (ele ou ela) olhou para outra ou para outro, com segundas intenções, mexendo com a sua libido, praticando, assim, o tão condenável adultério. Dizem as leis religiosas que basta olhar, e isso já significa pecado (Mateus: 5:28). Se eles (Adão e Eva) foram, na realidade, um exemplo de união para outros casais que lhes sucederam, paira no ar alguma dúvida, a meu ver, porque a imperfeição humana nasceu no erro cometido pelos primeiros viventes da terra, naquele momento da sua expulsão do Paraíso. O instinto sexual aguçou-se (por determinação de Deus, deve ter sido... E não de Satanás), principalmente no homem, naquele momento, tornando-o de natureza ativa em suas atitudes pecaminosas, persistentes na conquista e na posse da fêmea, que, se não correspondido pela sua legítima parceira, dá motivo suficiente para o macho extravasar o seu apetite sexual, imbuindo-se na prevaricação, o que, até hoje, não foi entendido pelas mulheres, de uma maneira geral.
Todos os homens são iguais; não valem nada! Não tem um que preste! São uns cretinos... e tantos e tantos impropérios (merecidos? Ou não?) vomitam as mulheres sobre os homens, sem se aperceberem, no entanto, que contribuem, geralmente, para esse estado de aborrecimentos que redundam, além de desacatos, em separações muitas vezes, sem se conscientizarem que elas, na grande totalidade, são as incentivadoras desses “erros” ou, quem sabe, “acertos” dos homens, deixando-os, na intimidade dos seus relacionamentos, a ver navios, com a velha e tão já batida história da já famosa dor-de-cabeça, ou do indigesto refrão hoje estou morta de cansada, os conhecidos e batidos pretextos para evitar o contato físico do companheiro na cama.
Se sexo é pecado, que culpa tem o homem se essa necessidade fisiológica, se essa função prazerosa foi arquitetada por Deus para unir, fisicamente, homem e mulher para a perpetuação da espécie humana? Ademais, trata-se – o sexo – de uma exigência orgânica, repito, como outras inerentes aos seres vivos (racionais e irracionais). E assim, o homem, por sua vez, bem como a mulher, ambos, pois, têm que proporcionar - um ao outro - momen os de colóquio amoroso, a entrega total e irrestrita de ambos. A vergonha, o escrúpulo, a timidez, tudo isso deve ficar do lado de fora do aposento do casal. Lá dentro tudo é sagrado. Ali é o santuário do amor que os uniu, onde tudo que se pratique, mesmo temperado de erotismo, não representa nada de pecaminoso, porque a sexualidade não foi uma invenção do homem, mas imposta pelas leis sagradas a todos os seres vivos da terra, e principalmente ao homem, porque esse pensa, raciocina, sabe o que é que está praticando, sabe o que deve fazer para alcançar o clímax daquele momento, que um bem enorme faz para a estabilidade matrimonial, para o bem-estar do casal.
Não obstante, a mulher, na sua maioria, mesmo neste estágio da vida, já em pleno decorrer do século XXI, em que as evoluções sociais já lhe permitem agir com liberdade em todos os sentidos, o que não era possível há algumas décadas atrás, ainda não entendeu que o homem é ativo sexualmente por natureza. Ela, a mulher, lamentavelmente, ainda não se deu conta que as desavenças entre os casais se baseiam nela mesma, porque não procura compreender as diferenças femininas das masculinas. Não avalia o sexo com seu marido como uma questão primordial para o cumprimento das promessas emitidas, quando do dia tão esperado, quando se uniu, pelo matrimônio, àquele em quem confiaria até que a morte os separasse; não raciocina que o sexo é um jogo, cujas cartas embaralhadas, de início, não vão ensejar a derrota de um dos parceiros, mas, sim, vitória, para sempre, para ambas as partes. Essa “competição” deve ser divertida, deixando a imaginação solta, com maneiras de toques excitantes; e sempre mudando, seria recomendável, a rotina, fazendo do sexo uma deliciosa manifestação de amor, um instante sublime, evitando - com sabedoria (se houvesse) - que o homem buscasse os prazeres da carne em aventuras (ou desventuras) extraconjugais.
Sem a Internet, tempos atrás, muitos homens, a não ser aqueles, que são poucos, aprisionados pelos dogmas das religiões, contidos em seus anseios sexuais por aquelas que as leis civis proclamaram e os uniram como marido e mulher, arriscavam dar vazão aos anseios da carne na vileza dos prostíbulos, ou com as damas-da-noite, essas vendedoras de sexo das esquinas sombrias das noites das cidades.
E, com o advento, nesses poucos tempos, da Internet, em 1995 dava os primeiros passos no Brasil, o computador tornou-se um aliado fiel do homem, principalmente. A mulher, casada, (talvez diferente da solteira, ou das solteiras) em pequeno número, não se utiliza desse recurso para aliviar as suas carências amorosas porque se considera dona, proprietária já do “objeto” marido, de quem pode dispor quando lhe der na veneta, quando bem lhe prover, se para o sexo estiver disposta. É aí, então, que o amigo computador vem em socorro do esposo necessitado; é o salvador-da-pátria nessa guerra em que o primeiro tiro sempre foi disparado pela mulher. E o homem, que não quer briga, quer amor, se protege na trincheira da infidelidade, buscando a paz, que não achou em casa, nos meandros da Internet, que oferece um campo atraente e vasto para as aventuras fora do casamento, tornando-se – esse magnífico meio de comunicação – o desprezível vilão, afirmam as mulheres, dos desenlaces matrimoniais por aí afora, mas sem levarem em consideração a sua indiferença na intimidade de quatro paredes.
80% das mulheres ainda não raciocinaram que o sexo é o elo inquebrantável entre o homem e a mulher. Não foi inventado à toa pela Natureza, ou por Deus, se é dito nas Escrituras que Ele criou o primeiro ser vivente na terra. As delícias sexuais teriam que prevalecer, pois, do contrário, não haveria qualquer interesse do macho em se unir fisicamente à fêmea para que, daí, viesse a procriação, o recomendado “crescei e multiplicai”. A mulher não deveria ser uma máquina, um robô, em que ali se despejasse a “semente da vida”, e pronto. Não. Não foi assim que desejou Deus. É incontestável que teria que haver - na união dos corpos - algo sublime, esplendoroso que levasse o casal ao clímax daquele instante, ao gozo, enfim, ao orgasmo.
E o amor, nessas circunstâncias, sem as preliminares do ato sexual, vai-se esvaziando pouco a pouco, como água límpida, cristalina, que, se pudesse botar num vaso lindo, detalhado no mais puro cristal, mas que o tempo fez-lhe minúsculas, quase invisíveis fendas, por onde esse líquido do amor, que nutre os anos de vida a dois, vai escapando imperceptivelmente, deixando o resíduo, as impurezas do adultério, da infidelidade, principalmente do homem, do macho, que não encontrou na sua mulher, na sua parceira, na sua amante, na sua fêmea, a compreensão que o sexo é a base, o esteio de sustentação que faz do homem e da mulher aquilo que ficou determinado por Deus: Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne”. (Gênesis 2:24).


























domingo, 14 de agosto de 2011

OITENTA ANOS


OITENTA ANOS

Agora, só me restam poucos passos
Em minha vida. E nesta caminhada,
Quase chegando ao ponto de parada,
P ´ra repensar vitórias e fracassos.

Vitórias? Tive algumas nesta estrada,
Sem vivas, sem aplausos, nem abraços.
E, hoje, já vejo os derradeiros traços
Do que resta de mim, que é quase nada...

Anos são tantos, bem ou mal vividos,
De desejos e planos, uns perdidos;
Outros tantos, em pouco, alcançados...

E nos meus oitenta anos, penso, agora,
Que não esteja distante a infausta hora
De remir - face à morte - os meus pecados!

Paulo de Goes Andrade
(1931-2011)

terça-feira, 26 de julho de 2011

NÚPCIAS

NÚPCIAS

Não dominando mais o meu desejo,
Apressei-me em tirar o seu vestido.
E tive em minhas mãos, lindo, despido,
Seu corpo, que tremia a cada beijo.

E lhe tocando o busto enrijecido,
Febril, extasiada ainda a vejo
Sedenta a me agarrar naquele ensejo,
Que não tivemos antes parecido.

Instante nosso feito de carinho,
Em nossa cama – nosso ardente ninho,
Cujo calor p´ra sempre hei de lembrar

Em nossos corpos, presos num abraço,
Transpirando prazer. E de cansaço,
Quedamo-nos, por fim, fartos de amar...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A VELHICE

A VELHICE

Eu olho-me no espelho e vejo quanto
O rosto que aparece em minha frente
Está tão acabado e diferente,
Que me causa tristeza e desencanto.

E eu noto em mim o tempo impaciente,
Voraz, me destruindo tanto, tanto,
Que vejo em minha face (feita em pranto),
A desilusão, que me faz descrente.

Creio somente que não sou, agora,
Aquele mesmo que vivia, outrora,
Feliz da vida, como alguém me disse.

E, assim, tão diferente como eu sou
Do homem que ontem fui, só me restou,
Senão as marcas tristes da velhice!...

sexta-feira, 10 de junho de 2011



O NOSSO AMOR

Hoje eu sinto que já não existe nada
Daquele grande amor de ontem, de outrora,
Que, infelizmente, se acabou. E agora,
Chegamos mesmo no final da estrada.

Daquela nossa estrada, em que a toda hora,
Eu pensei fazer nossa caminhada
Até que a morte, algum dia, inesperada,
Da vida nos levasse, então, embora.

Nosso amor, no começo, foi tão lindo
Que eu pensei ser eterno, ser infindo.
Mas o destino atroz assim não quis...

E nos tornamos, pois, indiferentes
Àquele grande amor. E assim, descrentes,
Eu não sei mesmo o mal que eu te fiz...

terça-feira, 26 de abril de 2011

MORRER...

Morrer...! Será que a morte é descansar
Num sonho interminável de alegrias,
Sob acordes de doces melodias
Que a eternidade venha (ou não...) nos dar?

E, ali, vivendo intermináveis dias,
Aprendendo, de fato, o que é amar,
Vivendo, pois, no verdadeiro lar
De doces e fraternas harmonias.


Morrer...! O que será que então existe,
Depois do funeral a que se assiste
De um corpo frio que no chão se enterra

Ali, na simples cova (ou em mausoléu),
Sob a tristeza de um escuro céu
Que parece chorar por sobre a terra?

domingo, 24 de abril de 2011

FERIDAS D´ALMA

(Paulo de Góes Andrade)

Quantas vezes sofremos tanto, tanto,
Co´ as feridas doendo em nosso peito;
Feridas d´alma de um amor desfeito,
No amargor de um doloroso pranto!

Outros sentem feridas, que sem jeito,
Se a morte fez da vida um desencanto,
Arrebatando-nos alguém. Portanto,
Só nos restando a dor a ter direito.

E essa dor, que nos atinge a alma,
Parecendo que nada nos acalma,
Nem mesmo o choro p´ra essa dor passar.

Essas feridas, esse sofrimento,
Rogando a Deus, com fé, nosso lamento,
Acreditemos, ELE vai curar! ...

CUBA - 50 ANOS DE COMUNISMO

CUBA – 50 ANOS DE COMUNISMO


CARACAS — O presidente venezuelano, Hugo Chávez, felicitou neste sábado (16 de abril) Cuba pelo 50º aniversário da vitória sobre a invasão da Baía dos Porcos e pela proclamação do socialismo, um caminho que, segundo o presidente, inspira desde então a América Latina.

A imprensa venezuelana divulgou o apreço, a parceria de Hugo Chávez com Fidel Castro, conforme nota acima, o que não aconteceu com outros chefes de estado, como os da China e da Coréia do Norte, últimos redutos da teoria marxista, que, segundo Chávez, é uma inspiração da América Latina, desde a vitória dos cubanos, na Baía dos Porcos, em 1961. Chávez, outro lunático, como Fidel, quer desenterrar os fósseis do comunismo da antiga União Soviética, dando-lhes um sopro vida, com palavras mágicas de pai-de-santo, na Venezuela.

Na verdade, a vitória do Ejército Rebelde, comandado por Fidel Castro, seria um episódio histórico e louvável, aplaudido que foi pelas nações democráticas, que sempre repudiaram os regimes ditatoriais, totalitários. Cuba seria dali para frente, um território livre, em que seu povo não sofreria mais as humilhações impostas pelos privilegiados bajuladores do governo de Fulgêncio Baptista. No entanto, aquela gente, com sorriso escancarado, cheio de esperanças, mergulhou, outra vez, noutro túnel, sem saída, do imperialismo castrista-comunista, imposto a um povo pobre, despolitizado da ilha caribenha.

O líder cubano Fidel Castro confirmou sua renúncia à liderança máxima do Partido Comunista de Cuba (PCC), seu último alto cargo político, ao pedir para ser excluído do Comitê Central, principal órgão da formação, em um artigo publicado nesta terça-feira (19).

Fidel se afasta, conforme noticiado pela imprensa cubana, da liderança do PCC, o que não lhe tira o direito de “manipular” as decisões de Raúl Castro, seu irmão, que, tudo indica, ainda não se transformou num “diamante” lapidado, faltando-lhe ainda aquele “veneno” de cobra-criada que é, e que foi Fidel Castro. Raúl, munido de todos os poderes, agora, não ditará ordens a seu bel-prazer sem o crivo, sem o ‘decrete-se’ de Fidel. E, contudo, com certas aberturas proclamadas no VI Congresso do PCC, Cuba continuará, sem soluções concretas, para tirá-la da estagnação por que sempre vem experimentando. Essa abertura não significa, primeiro, liberdade de imprensa, liberdade de ir e vir do cidadão cubano, que continuará atrelado ao racionamento de produtos alimentícios, com as mesmas quotas que recebem em mercados, que são instituições administradas por funcionários do governo. O livre comércio nunca existiu. E não será agora que iniciativas privadas renasçam, dando margem até a capitais estrangeiros, criarem centros de comércio, com armazéns e, se possível, supermercados. A própria vestimenta do cidadão de cuba, incluindo calçados para homens e mulheres, não acompanhou o estilo criado nos países desenvolvidos, em que estilistas ditam moda, aguçando o instinto natural da vaidade da mulher. Ali prevalecem os padrões dos ‘estilistas’ do governo. Nada mudou. A mulher cubana não teve, até hoje, o direito de ser vaidosa.

O que Cuba produz e exporta, principalmente, níquel, açúcar e os famosos charutos cubanos, incluindo-se também alguns produtos farmacêuticos, não equilibra a balança comercial com a importação de 79% dos alimentos que consome. O turismo, ainda acanhado, engatinhando, contribui, em parte, para a entrada de divisas para os cofres do governo, já que não existem agências privadas explorando esse ramo de negócio. O estado cubano – comunista - continua sendo o dono de tudo. E, incontestavelmente, até da vida (privada) de cada um dos 11.200.000 habitantes da Ilha, com um território de 114.525 Km. (Paulo de Góes Andrade)

sexta-feira, 25 de março de 2011

SER FELIZ

Eu quis ser feliz, mas, infelizmente,
não encontrei o caminho que eu queria.
Os dias para mim, em nenhum dia,
foram momentos de quem ama e sente

amor sincero, sem hipocrisia,
como eu sempre senti, constantemente;
acreditando, como eu (tão crente)
no verdadeiro amor, sem fantasia.

E o desamor, assim, p´ra mim tornou-se
um terremoto, como assim o fosse,
me destroçando a vida por inteira.

Fiquei sozinho, então, em minha estrada,
sem rumo, a vagar, a querer mais nada,
em minha desventura derradeira...


EXEMPLOS PARA CUBA

O mundo árabe despertou. O povo egípcio deu a partida, ativando assim a fogueira, cujas lavas acenderam o espírito de luta por liberdade, por democracia também do povo do Bahrein, do Iemen e da Líbia. E não ficará só por ali. No Iran, não demorará tanto o estouro de uma rebelião contra o regime ditatorial vigente. Na última eleição, não só em Teerã, manifestações, por denúncia de fraude, contra a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, se espalharam por outras grandes cidades como Mashhad, Isfahen, Shiraz, Ahvaz e Yazd. A passividade de um povo, seja onde for, tem o seu limite. Muammar Kadhafi, com mão-de-ferro, vem governando a Líbia desde 1969, quando deu o golpe, exilando o rei Idris I. A Líbia, fazendo fronteira com o Egito, no norte da África, sofreu de imediato a influência egípcia, na derrocada da ditadura de Hosni Mubarak, eclodindo a luta armada de antipatizantes ao governo de Kadhafi, cujo futuro indefinido, por enquanto, está nas mãos de potências ocidentais, como EUA, França, Inglaterra e outros, até o Qatar, que, por resolução da ONU, já estão bombardeando (pelo ar) redutos aliados do “coronel” Kadhafi. Tudo faz crer que o pedestal do ditador desabe a qualquer momento, sem potencial bélico à altura para enfrentar a força dos países envolvidos neste conflito.
A Líbia, com uma população de 6.500.000 habitantes, é rica em petróleo e gás natural. E os recursos dessa riqueza, há 45 anos de governo ditatorial, em quase nada mudaram a fisionomia da vida do seu povo, como aconteceu com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, que transformaram as suas regiões, quase desertas, em cidades paradisíacas, propiciando status de primeiro mundo à sua gente. Muammar Kadhafi, ao contrário, em suas prerrogativas, fez com as riquezas naturais, com os lucros do petróleo, a arma para, em parte, contribuir com o terrorismo e enriquecer mais e mais a sua conta bancária em instituições, provavelmente, na Suíça, como bem praticam os usurpadores do dinheiro público em todo mundo.
Aí estão exemplos para o povo cubano arrebentar os grilhões que o escravizam desde que Fidel Castro apropriou-se de Cuba, em 1959. Na verdade, foi um movimento aplaudido por toda aquela gente, que via em Fulgêncio Batista um governante com máscara de democrata, mas um ditador corrupto.
“A queda de Batista (1953-1959) – Cuba vivia, desde 1952, sob a ditadura de Fulgêncio Batista, que chegara ao poder através de um golpe militar. Batista era um ex-sargento, promovido de uma hora para outra a coronel, depois da chamada “revolução dos sargentos” que depôs o presidente Gerardo Machado, em 1933. Sete anos depois, em 1940, Batista foi eleito presidente. Concluído seu mandato, manteve-se distante do poder durante o governo de seus dois sucessores, para retornar novamente à ativa em 1952, com um golpe.”
Contra a ditadura de Batista formou-se uma oposição, na qual se destacou o jovem advogado Fidel Castro, que em 26 de julho de 1953 atacou o quartel de Moncada, com um grupo de companheiros. O ataque fracassou e foram todos encarcerados, mas o ditador anistiou os rebeldes em 195. Fidel, impossibilitado de agir devido à rigorosa vigilância policial, procurou exílio no México, onde reorganizou suas forças.”
E Fidel, o irmão Raúl Castro e Che Guevara, finalmente, triunfaram. O povo, que os aplaudiu, não acreditou sair da ditadura de Fulgêncio Batista e cair na ditadura comunista de Fidel Castro, que ali manda e desmanda, com mão de ferro, no destino do pobre povo cubano, roubando-lhe a liberdade desde 1959.
Já é hora também de Cuba acordar, sair desse marasmo, dessa passividade e gritar bem alto por democracia, como está acontecendo no Mundo Árabe. O comunismo de Fidel Castro parou no tempo e no espaço. Não deu certo na bela ilha do Caribe. (Paulo de Góes Andrade)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O "Bordel" do Bial

O ‘BORDEL’ DO BIAL

HOJE, DIA 11, A ‘PODEROSA’ GLOBO DÁ INÍCIO AO SEU 11º BIG BROTHER. MAIS UMA VEZ OS TELESPECTADORES, OS QUE COMUNGAM COM AQUELA SODOMIA OFICIALIZADA, VÃO VIBRAR COM A ‘MAESTRIA’ DO FILHOTE DA GLOBO – PEDRO PIAL – COM AQUELE SEU JEITO DE RUFIÃO DAS PIRUAS ENVOLVIDAS NA TRAMA, NAQUELA CASA QUE MAIS PARECE UM BORDEL. ALI VÃO SE DESENROLAR, OUTRA VEZ, CENAS EXPLÍCITAS DE COLÓQUIOS AMOROSOS ENTRE MOÇAS E RAPAZES, CUJOS HORMÔNIOS TESTOTERONA E ESTRÓGENO PULULAM À FLOR DA PELE, MOVENDO E REMOVENDO A LIBIDO DOS FIGURANTES, PORQUE NINGUÉM É DE FERRO, POR BAIXO DE COBERTORES, SEM O MÍNIMO DE RESPEITO A QUEM FICA DO LADO DE CÁ DA TELINHA DO TELEVISOR. MAS, É A GLOBO, ELA PODE. A ELA SEMPRE COUBE O DIREITO DE DITAR O QUE BEM ENTENDE, NÃO SÓ NESSA COISA REPUGNANTE QUE VAI AO AR HOJE, MAS EM OUTROS TERRENOS, PRINCIPALMENTE NO POLÍTICO, PRESTIGIANDO OU DERROTANDO POLÍTICOS, ELEGENDO-OS, OU NÃO. ELA ESCOLHE A SEU BEL-PRAZER.
O POVÃO, CLASSE “C”, VIVE, HOJE (11 DE JANEIRO), MAIS UMA VEZ, A EXPECTATIVA DE CONHECER OS FIGURANTES DESSE NOVO ‘BIG BROTHER’, CUJO OBJETIVO É PROMOVER ESSA OU AQUELA MOÇA PARA, TERMINADA A ‘ORGIA’, SE RETRATAR NUA NAS PÁGINAS DA REVISTA PLAYBOY, POR UM CACHÊ POLPUDO, QUE ESTÁ GIRANDO EM TORNO DE ATÉ UM MILHÃO DE REAIS. BOA GRANA...
O PRÊMIO TAMBÉM É BOM PARA AQUELE QUE FICAR POR ÚLTIMO NO ‘BORDEL’ DO BIAL, OVACIONADO POR TORCEDORES, NUMA HISTERIA COLETIVA, QUE, A MEU VER, VALORIZAM ESSE E OUTROS ‘EXCREMENTOS’ JOGADOS EM NOSSA CARA, TAMBÉM POR OUTRAS EMISSORAS DE TV, PORQUE AINDA FALTA AO NOSSO POVO FORMAÇÃO CULTURAL DE BASE. E OS GOVERNANTES NÃO ESTÃO NEM AÍ...
Paulo de Góes Andrade
Brasília – 11.01.2011
O RIO DE JANEIRO ESTÁ DE LUTO

O Estado do Rio de Janeiro está de luto. A tragédia por que está passando, deveria ficar de luto, pelo menos, por um ano. E o governador Sérgio Cabral, se agir dentro dos preceitos cristãos, com urbanidade, considerando a miséria, a dor e a infelicidade de tantas pessoas de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Itaipava e adjacências, deveria decretar a não realização do Carnaval da Marquês de Sapucaí, solicitando às Escolas de Samba a doarem os seus gastos (inúteis) às vítimas desta catástrofe, nunca acontecida desse tamanho, naquelas cidades serranas do Rio.
Atualmente, a meu ver, o Carnaval transformou-se numa alegria exacerbada, numa euforia fora dos limites, envolvendo a orgia, a luxúria, com mulheres seminuas, insinuantes, ao som de batuques estridentes, levantando a multidão, quase em descontrole emocional, como tomada pelo “ópio” da sensualidade. Isso é o Carnaval dos nossos tempos, tão diferente daqueles dos anos 30, 40 e 50, quando Arlequim, Pierrot e colombinas faziam a graça e a alegria dos carnavais daquelas épocas. E é nessa festa, de agora, numa demonstração de poderio e riqueza das conhecidas Escolas de Samba, que o carioca, mais uma vez, vai se exibir no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, alheio (será, meu Deus?) à morte de quase 600 pessoas, enlutando outra cifra bem maior de familiares, nessa catástrofe sem precedentes naquela região, que, em anos passados, já sofreu outras enchentes, mas não nestas proporções.
Aquelas cidades precisam se reconstruir. A presidente Dilma já externou a sua vontade política de socorrer aquela gente que está mergulhada na mais desgraçada das misérias. O governador Sérgio Cabral, por seu lado, também vai adotar plano de salvação daquelas tão belas cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro, restando-lhe, como cristão, decretar a suspensão do Carnaval, que, este ano, acontece em 8 (oito) de março. Os cariocas, principalmente, e os brasileiros de um modo geral, têm que prestar solidariedade ao povo fluminense neste momento de angústia, esquecendo, este ano, as “loucuras” do Reinado de Momo.
Paulo de Góes Andrade - jAN/2011