segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

NÓS

NÓS

Nós, que outrora, vivemos tão felizes,
Compartilhando o mesmo amor tão puro.
E hoje aceitando, em vez de luz, o escuro
Das nossas diferenças e deslizes.

Mas, mesmo assim, eu te confesso. Eu juro.
E mesmo que mais nada valorizes,
Julgando-nos, então, dois infelizes,
Eu não perdi a crença de um futuro,

Em que, talvez, aquele amor da gente,
Que a minha alma, abatida, ainda sente,
Torne a acender a chama... a crepitar.

Aquele nosso amor, de ontem, tão forte,
Está doente, agora, quase à morte,
Necessitando se ressussitar!

Paulo de Goes Andrade