segunda-feira, 1 de março de 2010

O ENCANTO DA BAILARINA


A BAILARINA
Arlene Miranda

No pas-de-deux, deliza a bailarina,
Com a leveza de garça a flutuar.
A beleza das plumas nos fascina,
Em ternos movimentos, a bailar.

Cheia de sonhos, salta levemente,
Co'a brancura suave de um jasmim.
Pelo palco exibe docemente
Linda face coberta de carmim.

Mãos singelas, suaves e pequenas,
Flutuando no ar, brilhando em cena,
No balanco encantado da menina...

Os lindos rodopios de seus passos
São gestos que flutuam nos compassos
Santitantes nos pés da bailarina.


MEDO

Insensitivas, vagueiam
Luzes de uma noite estelar.
Há cintilações de diamantes impossíveis,
Como olhares de vigias,
Enchendo-me de medo.
À sombra de mim mesmo
A tua sombra se acasala.
Quero fugir deste sexo impossível.
A noite vigilante me censura!
                       (Paulo Góes)