quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fim da "Guerra"

O FINAL DA “GUERRA”

No próximo 31 de outubro, a inescrupulosa “guerra” pelo poder chega ao fim. Há segundo turno em alguns Estados e, principalmente, esse para a Presidência da República, em que a Cadeira do Palácio do Planalto aguça, nesse final, o faro dos dois candidatos (Serra e Dilma) como das hienas famintas das savanas africanas, não querendo, nem um, nem outro, na competição, permitir que o adversário seja o dono da “vítima”, que é a nossa Pátria amada Brasil, mas desejando, sim, ela ou ele, banquetear-se, não da carne podre das presas das savanas da África, mas desse “bolo” gostoso, recheado de riquezas que é o nosso Brasil.
Prometem, com os seus sonhos mirabolantes, irrealizáveis, ou com as suas “mágicas” fantásticas, fazer, depois da posse em janeiro de 2011, um Brasil de “primeiro” mundo, o que Lula, quando candidato, também prometia (26 milhões de empregos etc); como Fernando Henrique também prometeu naquele seu slogan, mostrando os cinco dedos da mão direita, que representavam: saúde, educação, segurança e não sei mais o quê. E nada ou pouca coisa foi realizada. Lula ainda teve o desplante de afirmar alto e bom som que em 4 (quatro) anos não seria possível concluir as “metas” do seu governo. Nos conchavos políticos, já estabelecidos no período FHC, ficou por mais uma etapa. O “engolimos” por 8 (oito) anos. E quem lucrou com isso? Acho que basta dizer que foi ele e toda a camarilha do Partido dos “Trabalhadores”. Turismo ele soube fazer. É um campeão. Os banqueiros, por seu turno, deitaram e rolaram no governo petista com os juros escorchantes em cima, principalmente, da classe média, sem que o “cara” desse o menor pitaco no Banco Central, porque a campanha do fundador do PT foi, nas duas legislaturas (primeira e segunda eleição do Lula), em boa parte, financiada pelos bancos privados. Dizem os entendidos que os nossos juros não medem comparação com outros países. São os maiores do mundo financeiro.
O que esperar de Dilma ou Serra? A “ditadura” petista é bem possível que prossiga, conforme as pesquisas Ibope, Datafolha e outras. Aí, é quase certa a “socialização vermelha” com exemplos que vêm da Venezuela e, quem sabe, de Cuba. A candidata deve guardar muitas “mágoas” do seu tempo em que esteve na clandestinidade, prisioneira que foi em quartéis em São Paulo, lutando por um ideal que fracassou até na antiga União Soviética, que é o comunismo. Esse totalitarismo, que um dia desaparecerá da face da terra, ainda perdura na miséria do povo cubano, na Coréia do Norte e na China Continental, de um comunismo com falsetas capitalistas, por isso o seu progresso.
E, agora, no final da corrida à Presidência da República, estamos engolindo, nos comícios e nos horários políticos das rádios e das Tvs, as promessas mentirosas, tanto desse ou daquele candidato, mentiras essas que não “descem redondas”. E o povão, despolitizado, ainda se digladia nas ruas trocando impropérios, jogando pedra e bolinha de papel, na esperança que – agora – o Brasil vai ser outro, sem corrupção, sem conchavos, sem apadrinhamentos, sem nepotismo; um Brasil em que a ética prevalecerá em todos os sentidos. E como estou descrente de tudo, eu digo como o poeta Manoel Bandeira: Vou-me embora pra Passárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Passárgada... Paulo Góes

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Adultério e Fidelidade

ADULTÉRIO E FIDELIDADE

“Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração.” (Mt 5.28)

O homem tornou-se impuro desde o dia em que foi expulso do Paraíso, embora tenha sido feito à imagem, à semelhança de Deus. Antes, porém, tudo o havia transformado na condição humana de ser perfeito, quase angelical, como queria o Criador. Mas, tudo estava escrito, tudo já estava determinado pelas leis divinas. Deus criou o homem, deu-lhe uma mulher, uma companheira, para não está ali solitário, ensimesmado, sem ninguém para trocar idéias. Contudo, a vida a dois se tornou muito insossa, sem graça nenhuma para um casal – perfeito fisicamente, como bem deviam mostrar os seus corpos despidos, convivendo nas paisagens cinematográficas do Éden, entre plantas de fruteiras e flores exuberantes, sem os prazeres que os seus corpos tocados reciprocamente poderiam oferecer.
Daí, então, prevaleceu a Suprema sabedoria, ditada dos Céus, determinando o chamado “pecado-original”. Adão, o nome que achou-se melhor para batizar o primeiro homem, cumpriu à risca o que lhe foi imposto: fez da virgem-companheira – mulher, aquela batizada, também, de Eva pelos princípios fundamentais da Bíblia e do Alcorão, que afirmam, pois, que Adão e Eva foram o primeiro homem e mulher criados por Deus.
Não se sabe, no entanto, é se o primeiro casal de humanos nunca se modificou moralmente, permanecendo íntegro em seus impulsos sexuais no dia-a-dia de convivência; se não (ele ou ela) olhou para outra ou para outro, com segundas intenções, mexendo com a sua libido, praticando, assim, o tão condenável adultério. Dizem as leis religiosas que basta olhar, e isso já significa pecado (Mateus: 5:28). Se eles (Adão e Eva) foram, na realidade, um exemplo de união para outros casais que lhes sucederam, paira no ar alguma dúvida, a meu ver, porque a imperfeição humana nasceu no erro cometido pelos primeiros viventes da terra, naquele momento da sua expulsão do Paraíso. O instinto sexual aguçou-se (por determinação de Deus, deve ter sido... E não de Satanás), principalmente no homem, naquele momento, tornando-o de natureza ativa em suas atitudes pecaminosas, persistentes na conquista e na posse da fêmea, que, se não correspondido pela sua legítima parceira, dá motivo suficiente para o macho extravasar o seu apetite sexual, imbuindo-se na prevaricação, o que, até hoje, não foi entendido pelas mulheres, de uma maneira geral.
Todos os homens são iguais; não valem nada! Não tem um que preste! São uns cretinos... e tantos e tantos impropérios (merecidos? Ou não?) vomitam as mulheres sobre os homens, sem se aperceberem, no entanto, que contribuem, geralmente, para esse estado de aborrecimentos que redundam, além de desacatos, em separações muitas vezes, sem se conscientizarem que elas, na grande totalidade, são as incentivadoras desses “erros” ou, quem sabe, “acertos” dos homens, deixando-os, na intimidade dos seus relacionamentos, a ver navios, com a velha e tão já batida história da já famosa dor-de-cabeça, ou do indigesto refrão hoje estou morta de cansada, os conhecidos e batidos pretextos para evitar o contato físico do companheiro na cama.
Se sexo é pecado, que culpa tem o homem se essa necessidade fisiológica, se essa função prazerosa foi arquitetada por Deus para unir, fisicamente, homem e mulher para a perpetuação da espécie humana? Ademais, trata-se – o sexo – de uma exigência orgânica, repito, como outras inerentes aos seres vivos (racionais e irracionais). E assim, o homem, por sua vez, bem como a mulher, ambos, pois, têm que proporcionar - um ao outro - momentos mágicos, tirando daquele instante em que se tocam intimamente a prova insofismável do amor que os fez marido e mulher. Deve haver, nesses minutos de colóquio amoroso, a entrega total e irrestrita de ambos. A vergonha, o escrúpulo, a timidez, tudo isso deve ficar do lado de fora do aposento do casal. Lá dentro tudo é sagrado. Ali é o santuário do amor que os uniu, onde tudo que se pratique, mesmo temperado de erotismo, não representa nada de pecaminoso, porque a sexualidade não foi uma invenção do homem, mas imposta pelas leis sagradas a todos os seres vivos da terra, e principalmente ao homem, porque esse pensa, raciocina, sabe o que é que está praticando, sabe o que deve fazer para alcançar o clímax daquele momento, que um bem enorme faz para a estabilidade matrimonial, para o bem-estar do casal.
Não obstante, a mulher, na sua maioria, mesmo neste estágio da vida, já em pleno decorrer do século XXI, em que as evoluções sociais já lhe permitem agir com liberdade em todos os sentidos, o que não era possível há algumas décadas atrás, ainda não entendeu que o homem é ativo sexualmente por natureza. Ela, a mulher, lamentavelmente, ainda não se deu conta que as desavenças entre os casais se baseiam nela mesma, porque não procura compreender as diferenças femininas das masculinas. Não avalia o sexo com seu marido como uma questão primordial para o cumprimento das promessas emitidas, quando do dia tão esperado, quando se uniu, pelo matrimônio, àquele em quem confiaria até que a morte os separasse; não raciocina que o sexo é um jogo, cujas cartas embaralhadas, de início, não vão ensejar a derrota de um dos parceiros, mas sim vitória, para sempre, para ambas as partes. Essa “competição” deve ser divertida, deixando a imaginação solta, com maneiras de toques excitantes; e sempre mudando, seria recomendável, a rotina, fazendo do sexo uma deliciosa manifestação de amor, um instante sublime, evitando - com sabedoria (se houvesse) - que o homem buscasse os prazeres da carne em aventuras (ou desventuras) extraconjugais.
Sem a Internet, tempos atrás, muitos homens, a não ser aqueles, que são poucos, aprisionados pelos dogmas das religiões, contidos em seus anseios sexuais por aquelas que as leis civis proclamaram e os uniram como marido e mulher, arriscavam dar vazão aos anseios da carne na vileza dos prostíbulos, ou com as damas-da-noite, essas vendedoras de sexo das esquinas sombrias das noites das cidades.
E, com o advento, nesses poucos tempos, da Internet, em 1995 dava os primeiros passos no Brasil, o computador tornou-se um aliado fiel do homem, principalmente. A mulher, casada, em número menor ao do homem, utiliza desse recurso para aliviar as suas carências amorosas porque se considera dona, melhor, proprietária do marido, a quem pode se dispor quando lhe der na veneta, se para o sexo estiver disposta. É aí, então, que o amigo computador vem em socorro do esposo necessitado; é o salvador-da-pátria nessa guerra em que o primeiro tiro sempre foi disparado pela mulher. E o homem, que não quer briga, quer amor, se protege na trincheira da infidelidade, buscando a paz, que não achou em casa, nos meandros da Internet, que oferece um campo atraente e vasto para as aventuras fora do casamento, tornando-se – esse magnífico meio de comunicação – o desprezível vilão, afirmam as mulheres, dos desenlaces matrimoniais por aí afora, mas sem levarem em consideração a sua indiferença na intimidade de quatro paredes.
80% das mulheres ainda não raciocinaram que o sexo é o elo inquebrantável entre o homem e a mulher. Não foi inventado à toa pela Natureza, ou por Deus, se é dito nas Escrituras que Ele criou o primeiro ser vivente na terra. As delícias sexuais teriam que prevalecer, pois, do contrário, não haveria qualquer interesse do macho em se unir fisicamente à fêmea para que, daí, viesse a procriação, o recomendado “crescei e multiplicai”. A mulher não deveria ser uma máquina, um robô, em que ali se despejasse a “semente da vida”, e pronto. Não. Não foi assim que desejou Deus. É incontestável que teria que haver - na união dos corpos - algo sublime, esplendoroso que levasse o casal ao clímax daquele instante, ao gozo, enfim, ao orgasmo.
E o amor, nessas circunstâncias, sem as preliminares do ato sexual, vai-se esvaziando pouco a pouco, como água límpida, cristalina, que, se pudesse botar num vaso lindo, detalhado no mais puro cristal, mas que o tempo fez-lhe minúsculas, quase invisíveis fendas, por onde esse líquido do amor, que nutre os anos de vida a dois, vai escapando imperceptivelmente, deixando o resíduo, as impurezas do adultério, da infidelidade, principalmente do homem, do macho, que não encontrou na sua mulher, na sua parceira, na sua amante, na sua fêmea, a compreensão que o sexo é a base, o esteio de sustentação que faz do homem e da mulher aquilo que ficou determinado por Deus: Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne”. (Gênesis 2:24).
Paulo de Góes Andrade