domingo, 29 de julho de 2012

A TRISTEZA DO POETA




A TRISTEZA DO POETA

 As aves dispersaram
E ninguém sabe para que mundos
Seus cantos serão encantos
 Em campos floridos.
O céu se polui com cheiro de sangue,
 Que faz mares vermelhos
Arrebentarem-se em arrecifes
Por onde gaivotas, quais aves de rapina, farejam a maresia sangrenta
 Dos nossos dias.
 Encena-se o holocausto,
 Quem sabe, o Apocalipse de João?
 E o ódio traspassa sentimentos
De amor, de paz, de bondade Com rajadas certeiras,
 Que aniquilam, também, a alma do poeta,
Que fazem o poeta chorar...!