sábado, 3 de setembro de 2011

Niemeyer tem razão

NIEMEYER TEM RAZÃO

"PROJETAR BRASÍLIA PARA OS POLÍTICOS QUE VOCÊS COLOCARAM LÁ, FOI COMO CRIAR UM LINDO VASO DE FLORES PRÁ VOCÊS USAREM COMO PINICO. BRASÍLIA NUNCA DEVERIA TER SIDO PROJETADA EM FORMA DE AVIÃO E SIM DE CAMBURÃO." Ninguém melhor do que Oscar Niemeyer para se expressar sobre os políticos que, infelizmente, mandamos para o Congresso Nacional. E mais uma prova tivemos ontem – 31 de agosto de 2011 – da insensatez, da parceria indecente, inescrupulosa dos “ilustres” deputados, livrando a também “ilustre” Jacqueline Roriz da cassação do seu mandato, considerando-a injustiçada, com a alegação de que não cometeu nenhum ato espúrio, mesmo recebendo aquele dinheiro sujo de Durval Barbosa, juntamente com o marido, fato tão bem divulgado, mostrado, pelas TVs, vezes e mais vezes. Conforme o seu “douto” advogado, é a conclusão que se tira, ela fez parte da quadrilha, dos larápios do dinheiro público, antes do seu mandato de deputada federal. Ela sujou-se, melou-se de podridão antes de assumir sua cadeira na Câmara Federal. Ainda não era uma parlamentar. Mas, eleita, limpou-se por inteira dos excrementos daquele seu ato desonesto. Dali para frente, diplomada deputada federal então, ela “tornou-se” uma pessoa digna, isenta de qualquer pecado, limpa de corpo e alma, como ponderou (em termos jurídicos) o seu advogado, corroborado, para representar aqueles que lhe deram os votos para a sua eleição, pelos comparsas que a livraram, pelo voto secreto,
Onde estamos, gente brasileira!? Até quando vamos admitir tamanha degradação social, sustentando essa camarilha (com raras exceções) com o dinheiro dos nossos impostos, concedendo-lhes mordomia principesca, entre verbas extras (60 mil reais) para usarem e abusarem, afora o que recebem, mensalmente, em torno de R$16.700,00? E, ali, no bem-bom da vida parlamentar, está Jacqueline Roriz - livre, leve e solta, esnobando, com seu sorriso de menininha ingênua, a passividade do eleitor, a cara de idiotas, ou de palhaços, que somos nós – povo. Mereceu, assim, o voto dos seus pares, que a defenderam, para comer no mesmo cocho a ração podre dos conchavos, das maquinações insólitas, que rolam nas seções secretas do Congresso, quando, por exemplo, decidem aumentar os seus subsídios. Oscar Niemeyer tem razão. (Paulo Góes Andrade)