terça-feira, 13 de abril de 2010

TRISTE REALIDADE



MENINO DE RUA
Arlene Miranda

No burburinho das ruas ele vivia,
Fazendo malabares nos sinais,
Manejando com graça e maestria
Uma vida de cores tão brutais.

Ser hesitante de uma vida incerta,
Na nostalgia de um entardecer,
Erguendo aos céus su'alma inquieta,
Na ânsia de mudar triste viver.

Roubaram-lhe a doce inocência,
Tiraram de seu eu a consciência,
E o maltrataram logo ao nascer...

Despiram-lhe o orgulho, o sonho, a graça,
Vestiram-lhe o manto da desgraça,
Na mágica tarefa de viver.