sábado, 27 de fevereiro de 2010




Soneto à bailarina morta

.Esfera em equilíbrio, ela dançou
vestida de crepúsculo, marcada
pelo estigma da valsa fenerária
e, dominando o espaço, estremeceu

.as colunas marmóreas do edifício.
Circunscritos ao círculo de fogo,
os passos invadiram o hectare
do sono, projetando a silhueta

.- miniatura de pássaro, pelo ar.
E valsou... E valsou por sobre rosas...
Inebriada de sons, ela estancou,

.vacilou e caiu petrificada.
- Sua carne ficou por sobre a lápide
a sua alma se foi bailando no ar.
(Francisco Valois)

Nenhum comentário:

Postar um comentário