quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010





TU (DEFUNTO)

Não sei se já pensaste em ti: deitado,
Vestido como fosses p´ra uma festa.
Co´ alguns parentes te afagando a testa
E outros rezando para ti: finado.

... Um odor nauseante a sala infesta,
De vela, em castiçais, em cada lado
Do teu caixão, de flores enfeitado.
E tu, ali, que a nada mais se presta.

E logo chega a derradeira hora
De te levarem para o teu jazigo.
E com pesar alguém lamenta e chora.

Em prantos também sente o teu amigo.
Mas (como os convidados) vai embora,
Não desejando mais ficar contigo...

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