sábado, 13 de março de 2010

TEMPO DO BONDE


MACEIÓ - Era a década de 50. Esse meio de transporte existia em algumas das nossas capitais. Além de barato para o bolso da gente da classe "c", o pobre também tinha também o direito de usar o bondinho. No Rio, tive prova disso. Havia um carro, atrelado ao carro principal, que chamavam de "taioba" que era um "cara-dura", porque um banco comprido ficava em frente ao outro, com um espaço vazio no centro, lugar destinado a pacotes, bolsas etc, dos passageiros. E a passagem, imagine, era do valor de "centavos". Não lembro, ao certo, da moeda (da Casa da Moeda) corrente, se "réis", "cruzado" ou "cruzeiro". Em Maceió, em meu tempo de estudante, utilizei, e só utilizei o bonde, que ligava o Centro a vários bairros. Não só eu e outros igual a mim, usaram esse meio de transporte, como comerciantes, comerciários, funciomários estaduais e até moças e damas da cidade. Infelizmente, sumiram com os nossos bondinhos, preferindo o ar poluído com o tráfego dos veículos a gasolina...
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2 comentários:

  1. Ah, quanta saudade! O bonde não apenas nos carregava pelos vários recantos de Maceió, mas carregava também a poesia, que deslizava por seus trilhos de ferro. Ele passava em frente à nossa casa na Rua Barão de Atalaia. E não só os passageiros, como o cobrador e o motorneiro ficavam a apreciar as nossas brincadeiras, minhas e de Goia, no jardim de casa. Obrigada, Paulo, por homenagear esse romântico veículo que tanto encantou minha infância. Abraços. Arlene.

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  2. Oi, Arlene. É isso, minha amiga. A evolução da vida tem trazido coisas maravilhosas para o bem da humanidade. Seria louvável se o homem, na sua sapiência, não mexesse com a camada de ozônio, poluindo o ar de que precisamos com as queimadas das florestas e com as chaminés das indústrias dos países chamados de "primeiro mundo". Ontem, a gente era feliz e não sabia... E hoje? E amanhã?

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